Um Lobo Solitário em Paralelo aos Acordos
A pergunta que se impõe é simples: até quando a direita no RN continuará sacrificando sua própria essência em nome de arranjos que não passam de política velha com nova maquiagem?
- 26 de agosto de 2025
- Em: Política
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A gênese de uma liderança
No ano de 2014, surge no cenário político de Natal e do Rio Grande do Norte uma figura que não podia passar despercebida: o Coronel Hélio. Aviador reformado da Aeronáutica, empreendedor e homem de espírito público, tornou-se presença marcante nas ruas da capital potiguar, encarnando o sentimento de mudança que tomava conta do país.
Hélio não era apenas mais um nome. Sua postura, sua coragem e sua simplicidade o tornaram querido por quem o conhecia. Foi ele quem ajudou a forjar a militância de direita no RN, que, desde então, só cresce e cria raízes. Para muitos, ninguém representa melhor o bolsonarismo no estado do que o Coronel Hélio.
O lobo solitário
Em 2025, diante da grave situação política e institucional do país, Hélio decidiu dar um passo adiante: colocou seu nome à disposição como pré-candidato ao Senado. Não o fez por vaidade, mas por vocação, por acreditar que pode representar de forma autêntica o povo potiguar em Brasília.
No entanto, o que encontrou foi uma muralha erguida não pelos adversários de esquerda, mas pelos próprios que deveriam estar ao seu lado. Falar em Coronel Hélio dentro de certos círculos da direita passou a ser quase proibido. Em eventos públicos, manifestações espontâneas de apoio ao seu nome chegam a ser rapidamente contidas. Quem ousa declarar apoio em rádios, jornais ou redes sociais recebe pressões, ligações e até intimidações.
O mais autêntico bolsonarista do RN foi isolado. Tornou-se um lobo solitário, não porque queira, mas porque a alcateia preferiu os caminhos fáceis dos acordos de bastidores.
Os acordos que calam
Enquanto Hélio é silenciado, outros nomes transitam livremente, recebendo declarações de apoio sem qualquer censura. A hipocrisia salta aos olhos: os mesmos que se dizem defensores da liberdade e críticos da censura reproduzem internamente uma espécie de “xandismo potiguar”, abafando quem ousa destoar.
Esse comportamento não é apenas uma injustiça pessoal contra Hélio. É um recado claro à militância: não importa o quanto você lute, o quanto você seja fiel à causa. Se não se curvar aos acordos, será deixado de lado.
Entre a autenticidade e a conveniência
O contraste não poderia ser mais evidente. De um lado, um homem que representa de forma genuína a direita potiguar, com história, coragem e identidade. Do outro, acordos de conveniência, alianças obscuras e o medo da autenticidade.
A pergunta que se impõe é simples: até quando a direita no RN continuará sacrificando sua própria essência em nome de arranjos que não passam de política velha com nova maquiagem?
Um lobo solitário pode ser atacado, silenciado, pressionado. Mas não perde sua natureza. E, no fim, é a voz autêntica que ecoa no coração do povo, muito mais do que os discursos fabricados dos acordos.
Talvez, quando a direita raiz acordar, o tempo já tenha passado. E seus guerreiros, sufocados e desgastados pela omissão e pelos arranjos, estarão fora de combate. Restarão apenas nos postos de destaque os velhos companheiros de acordos — sem essência, sem autenticidade e sem o verdadeiro desejo do povo.